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domingo, 28 de março de 2010

Vozes da Mente.

Não se cala a mente
O coração esquecer não ousa
A boca ressequida e dormente
O corpo nem se quer repousa...
E continua por toda noite
A caminhada na escuridão
As lembranças não me saem da mente
Nem a dor do coração.
Ah, como eu queria esquecer...
Apagar toda essa história
Deveras perdoar você
Arrancar tudo da memória.
Ouço a voz dos pássaros
Quero me agarrar a esses cantos
Mas nada me desvia os passos
Nem secam os  meus prantos
Minha mente dizendo coisas
Coisas que não não quero ouvir
Não sei por quanto tempo
Ainda vou resistir.
Parece que carrego um peso
Algo medonho dentro de mim
Dizendo: descanse em paz
Está na hora de partir.

Regina Azevedo.

28/03/2010.

segunda-feira, 22 de março de 2010

Lamento

Cai tenebrosa a escuridão sobre a terra em que piso.
À frente nada vejo, se não névoas curvas.
O corpo não cansa, não pára.
O sono não vem, nem após os soníferos...
Sem tropeços, caminho em estradas turvas.
Mantenho-me de pé sem temer a cegueira.
Tenho a escuridão como companheira.
A dor dilacerando o ventre, não me chega ao coração.
Prolongando ainda mais meu sofrimento, me tornando imortal.
Noite... E depois noite... E noite de novo...
Porque não há mais dias, nem sóis, nem luz.
A alma pesada, o espírito gemendo...
A mente agitada, um barulho infernal!
O ventre dilacerado... A dor corroendo o âmago.
Meu corpo todo está doendo...
Minh'alma está doendo...
Doendo...
Doendo...

Regina Azevedo.

sábado, 13 de março de 2010

Identidade.

Sou como a água. Sou filha da terra!
Nascente pura, limpa. Corro entre as pedras, viro rios.
Derrubo barreiras, recolho  a sujeira e enfim, chego as torneiras.